Olá, viajantes.
Recentemente eu tive o prazer de passar 03 (três) semanas em Buenos Aires e para fazer dessa viagem uma experiência tranquila e proveitosa foi preciso me preparar antecipadamente.
Se você pretende conhecer a capital portenha pega papel e caneta porque essas dicas vão te poupar bastante tempo de pesquisa e, talvez, alguns perrengues na viagem.
Aliás, não deixe de acompanhar os posts da Plus, nas próximas semanas teremos dicas e roteiros sobre Buenos Aires, incluindo, muitas atrações para além dos famosos pontos turísticos.
Para facilitar a sua compreensão, todos os valores que eu citar neste artigo já estarão convertidos para a moeda brasileira.
Adelante!
ENTRADA NO PAÍS
Assim como nos demais países integrantes do Mercosul, a Argentina não exige que brasileiros apresentem vistos de entrada no país, sendo necessário apenas documento de identificação pessoal, por exemplo, RG ou passaporte.
Embora brasileiros possam dirigir em países como a Argentina usando sua CNH válida no Brasil, o documento não é válido para dar entrada em território portenho.
A permanência no país é permitida por 90 (noventa) dias.
Como mencionado, os países membros do Mercosul não exigem que brasileiros apresentem passaporte para adentrar em solo nacional, porém, depois de já ter conhecido 03 (três) países da América do Sul, posso assegurar que vale muito a pena que você faça o seu passaporte e use em todas as viagens internacionais, ainda que não seja exigido.
Os trâmites para solicitação e aprovação de passaporte estão cada dia mais acessíveis no Brasil. Durante todas as vezes que passei, tanto pela imigração brasileira, quanto pela imigração de outros países, nunca presenciei nenhuma situação de “perrengue” onde brasileiros usavam passaporte como documento oficial de identificação. Porém, é bem comum ver pessoas enfrentando dificuldades na imigração/embarque por conta do uso apenas de RG, especialmente, se ele não estiver em perfeito estado de conservação e dentro do prazo de 10 (dez) anos.
Aqui vale uma expressão simples que sempre ouvi da minha mãe “obrigado não é, mas faz toda diferença”.
Além de poupar problemas de embarque ou na imigração, você pode ganhar tempo e comodidade quando usa o passaporte como documento de identificação, isto porque muitos países já aderiram ao uso de totens de autoatendimento na imigração, assim você evita filas e aborrecimentos.
Em Buenos Aires, o aeroporto Aeroparque Regional Jorge Newbery já aderiu a essa comodidade.
Então, pega esse conselho e solicita a emissão do seu passaporte.
Aproveitando que falamos sobre aeroporto, uma dica valiosa que praticamente nenhuma página explica de forma prática:
O Aeroparque está localizado dentro da cidade, pertinho de tudo e com uma vista lindíssima do rio da Prata (foto acima), então no momento da emissão das passagens, se a diferença de valor for igual ou até R$ 200,00 mais caro do que os outros aeroportos da cidade, faça a emissão da passagem com embarque/desembarque no Aeroparque.
Isto porque o aeroporto EZE, por exemplo, está localizado há cerca de 01 hora de carro do centro de Buenos Aires (dependendo do trânsito) e você deve gastar em torno de R$ 160,00 para o deslocamento (valor orçado com transfer e Uber).
MOEDA
O peso é a moeda oficial da Argentina.
E antes que você vá para lá e seja surpreendido com os gastos finais da viagem, permita que eu faça algumas considerações.
Durante muito tempo a moeda argentina foi considerada fraca em relação ao real brasileiro, o que sempre motivou muita gente a viajar para Buenos Aires, porém essa afirmação não é mais verdadeira.
Em 2024, o peso argentino alcançou marcos históricos de valorização, fechando o primeiro semestre como a moeda mais valorizada em comparação às outras 148 moedas elencadas pela corretora global Bloomberg. Ao passo que, segundo dados da Forbes, o Brasil subiu no pódio e colocou o real como a moeda emergente com o pior desempenho no mesmo período.
Mas o que isso significa na prática para os viajantes?
Significada que os custos baixos de viagem não serão, por si só, o fator decisivo para que brasileiros escolham a Argentina como destino.
Mas calma!
Neste e nos próximos posts você vai entender que sim, a Argentina tem MUITO para oferecer, e que vale muito a pena colocar o país entre as suas preferências de viagem.
O câmbio em Buenos Aires é feito de duas formas:
Câmbio oficial: com pouca valorização para o real. R$ 1,00 equivale em média $ 179 pesos;
Câmbio blue: também chamado de câmbio paralelo, onde o real vale um pouco mais. R$ 1,00 equivalente em média $ 229 pesos.
Falando em termos práticos, minha sugestão é que você adote essas 02 (duas) principais formas de pagamento em sua viagem por Buenos Aires:
Cartões de débito de contas globais (Wise e Nomad): essa é uma opção que oferece um excelente custo-benefício (a cotação varia diariamente). A conversação no momento do pagamento fica um pouco abaixo do câmbio blue, mas ainda é mais valorizada que o câmbio oficial.
Além disso, é uma forma segura de pagamento. Você não paga as taxas pelo uso de um cartão de crédito internacional, não corre o risco de receber notas falsas, não precisa andar com o bolso lotado de dinheiro e praticamente todos os lugares aceitam os cartões de contas global.
Lembrando que, o peso argentino não possui carteira nessas plataformas de conta global, por isso, você vai precisar deixar seu dinheiro na carteira do dólar, o que melhora, inclusive, a conversão no momento do pagamento.
Envio e saque em espécie pela Western Union: O saque de dinheiro por meio da Western Unior é bastante vantajoso e seguro. A conversão é idêntica ao câmbio paralelo, as taxas para envio e saque são excelentes e você não vai precisar fazer câmbio em qualquer estabelecimento e correr o risco de receber notas falsas.
Muitos viajantes reclamam da dificuldade de sacar dinheiro pela Western Unior em Buenos Aires, especialmente, sobre as filas nas agências e a indisponibilidade de dinheiro para saque.
Vou deixar aqui uma sugestão de agência excelente. Está localizada dentro do Alcorta Mall, pertinho do MALBA. Ela não é tão falada entre os viajantes, raramente tem filas e sempre tem notas disponíveis: Onde sacar dinheiro pela Western Union
IDIOMA
O idioma nativo da Argentina é o espanhol e, apesar de a língua ter muitas semelhanças com o português, é bom ter atenção.
De todos os países que adotam o idioma espanhol como língua materna que eu já conheci (Peru, Argentina e Uruguay), os argentinos são os que se comunicam de forma mais rápida, então vez ou outra você vai precisar pedir para eles repetirem o que disseram. Vale a regra: gentileza e respeito são muito úteis nesse momento. Não se esqueça, é você quem está conhecendo outro país, é muito importante respeitar a vida local.
Uma sugestão é que você assista vídeos sobre “dicas locais de idioma no país x” antes da viajar. E isso vale para todos os países. Eu sempre faço isso antes de uma viagem internacional e sempre valeu a pena. Você aprende e entende muitas expressões locais, o que facilita sua comunicação.
HOSPEDAGEM
Como essa era minha primeira experiência internacional solo, eu segui o conselho da maioria dos conteúdos de viagem que consumi durante a preparação e me hospedei em Palermo, mais especificamente na rua Fitz Roy em Palermo Hollywood.
Foi uma experiência tranquila e muito agradável.
Minha acomodação foi reservada pelo Airbnb, mas a cidade tem excelentes opções de hotéis ou hostel.
Para fins de referência, a diária em Airbnb (monoambiente completo) na região de Palermo custa em média R$ 125,00.
Depois de ter conhecido bem a cidade e, pensando em uma nova oportunidade, certamente esses bairros estariam na minha lista de preferência para hospedagem: Palermo (Hollywood, Soho, Viejo/“antigo”, Chico e Botânico), Chacarita, Recoleta, Belgrano, Vila Crespo, San Telmo e Puerto Madero.
É claro que Buenos Aires tem muitos outros bairros bonitos, confortáveis e acessíveis para se hospedar, porém, eu não pude conhecer todos.
As sugestões são baseadas nos bairros em que eu me senti muito segura viajando sozinha e acredito que todos terão uma boa experiência por lá e, mesmo que alguns dos bairros mencionados não sejam os mais turísticos, o transporte em BA é muito acessível, então vale a pena pesquisar e comparar.
Aproveitando que falamos sobre transporte.
TRANSPORTE
O transporte público da capital portenha definitivamente ganhou meu coração. As únicas 02 (duas) vezes em que usei o Uber foi na chegada e partida.
A tarjeta SUBE é um cartão único que te dá acesso a todos os meios de transporte público em Buenos Aires (ônibus, trem, metrô etc.) e em muitas outras localidades dentro do país. Você pode ir para Tigre de trem usando apenas a tarjeta SUBE, por exemplo.
O valor da passagem é bastante acessível (ficando na casa dos R$ 4,12 para os trechos mais longos) e a cidade é atendida de maneira muito ampla e completa, dificilmente não terá um ponto de ônibus ou metrô próximo de você.
Em Buenos Aires, ao contrário do Brasil, o transporte público não possui cobradores. A cobrança é feita pelo próprio motorista, após você indicar em qual ponto deseja descer.
Minha dica: use o google maps, tanto para indicar seu destino ao motorista, como para acompanhar em tempo real seu deslocamento e não descer no ponto errado. Adotei essa técnica em todos os deslocamentos e não teve erro.
Ah! Na hora de buscar as opções de ônibus ou trem mais próximas de você, use sua localização em tempo real (pode ser logo que você sai da sua hospedagem) e dê o comando de “iniciar” e deixe o maps te guiar até o ponto mais próximo, assim você não corre o risco de esperar pela condução em um “ponto certo”, mas na direção contrária ao da sua viagem.
Além disso, ele mostra os horários em tempo real e logo que você adentrar ao transporte público ele vai atualizando sua viagem, indicando quantas paradas restam até o ponto final e alertando para descida.
Veja o exemplo:
Vou deixar aqui um passo a passo de como conseguir uma tarjeta SUBE e aproveitar a oportunidade para agradecer publicamente minha querida amiga Mayllis que, gentilmente, me emprestou a tarjeta SUBE que ela havia comprado durante sua viagem em 2023 para BA.
A recarga do cartão é muito simples e pode ser feita em muitos pontos da cidade. Preste atenção as portas dos Kioskos, geralmente, vai ter um adesivo colado com o emblema da tarjeta, significa que eles fazem a recarga gratuitamente.
CONEXÃO
Permanecer conectado à rede de internet em Buenos Aires é muito tranquilo.
Apesar de o mercado oferecer uma infinidade de opções de e-chip, a forma mais simples e econômica, falando especificamente da capital portenha, é comprar um chip de internet local. Eu optei pela Claro e não tive nenhum problema.
Logo após chegar na cidade eu comprei um chip físico em um Kiosko pertinho da minha hospedagem, que custou cerca de R$ 10,00 e após fazer a habilitação no aparelho telefônico, realizei uma recarga pelo próprio link enviado pela empresa de telefonia local, com custo aproximado de R$ 22,00 por 3Gb, ou seja, aproximadamente R$ 32,00 foram o suficiente para ter acesso a internet durante 03 (três) semanas.
Comprando pelo link da operadora, você pode fazer o pagamento diretamente com o cartão de débito da Wise.
SEGURO VIAGEM
Ainda que não seja obrigatório, eu recomendo que você tenha um seguro viagem que cubra despesas médicas, pelo menos.
Antes de escolher um seguro viagem avulso na internet, verifique se o seu cartão de crédito possui essa vantagem. Entre em contato com a operadora do cartão e cadastre as informações da sua viagem para gerar a apólice.
É muito simples, você evita uma despesa extra e fica protegido no caso de imprevistos.
TOMADAS
Essa é uma dica para ser “levada” em todas as suas viagens para o exterior.
Para não passar perrengue e ficar com os seus aparelhos sem carga até encontrar um adaptador no comércio local, eu recomendo que você leve um adaptador universal de tomada em sua mala, isso porque as tomadas na Argentina possuem um padrão diferente das fabricadas no Brasil.
Alguns hotéis até disponibilizam os adaptadores, já que estão acostumados com o fluxo de turistas, diferente de boa parte dos apartamentos (hostel, airbnb etc.).
MELHORES ÉPOCAS
A capital portenha tem as estações do ano bem definidas e a melhor época vai depender do seu tipo de clima ideal e as principais atividades que espera fazer.
Dezembro a fevereiro é o período mais quente do ano, excelente para explorar atividades ao ar livre e aproveitar que a cidade vai estar mais tranquila, já que é a época em que os locais viajam de férias.
Março/abril e outubro/novembro são os meses de meia-estação. A cidade continue propícia para todos os tipos de atividades, sendo ao ar livre ou não. O ponto negativo desse período é que, com clima tão agradável, a cidade costuma ficar mais movimentada.
Maio a setembro são os meses com as menores temperaturas na cidade. O período marca o outono e inverno e os termômetros podem registrar uma média de 10° durante o dia (na minha primeira semana de viagem, meados de agosto, a temperatura chegou a 7° em uma manhã). A cidade não costuma estar tão cheia e o clima favorece passeios ao ar livre, visitas a museu, as cafeterias tradicionais da cidade e um bom vinho no final do dia.
Aliás, Buenos Aires e um bom vinho são uma combinação perfeita em qualquer época do ano e excelentes opções não faltam no comércio local.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essas são dicas essenciais para conhecer Buenos Aires de forma segura, tranquila e muito agradável.
Tenho certeza que sua experiência na capital portenha será incrível.
Te convido a acompanhar os próximos posts da página e montar seu roteiro completo de viagem.
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